Dali eu avistei o maremoto. A aspereza da areia socando o meu rosto, me gritava: Não tá calminho, não viu!
Mas eu tinha que entrar, já estava previsto, eu já tinha escolhido.
Então tirei toda roupa do guarda-roupa, toda maquiagem, todo cabelo colorido e saltei!
Um oceano perturbado de fatos, fotos, pessoas, pássaros, situações e acontecimentos flutuantes, eu invadi.
E estive desesperada, como alguém que não sabe nada(r) e, de susto, caiu bem fundo n'água, e então necessita com urgência chegar à superfície para inspirar oxigênio.
Cada tubulação perturbada pela qual eu subia em direção à luz, eu creia, com esperança e medo, ser a última gota de toda aquela inundação. E botava nisso uma fé ilusória de que "depois disso eu saio, depois disso eu respiro, depois disso eu vivo, eu renasço". Era uma tentativa de ter fé!
Mas hoje não é!
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